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terça-feira, 25 de março de 2014

Ideologia de gênero na Educação

No final do ano passado, voi votado no Senado Federal o projeto para o Plano Nacional de Educação. O PNE contém as diretrizes para todo o sistema educaional brasileiro para os próximos anos. Dentre os diversos problemas que se encontram no texto, o mais grave deles é a inserção da Ideologia de Gênero em nosso sistema educacional. Na ocasião, os senadores rejeitaram a tentativa de tornar obrigatório o ensino dessa ideologia em nosso sistema educacional. 
Após a votação no Senado, o PNE foi para a Câmara dos Deputados, onde será votado por uma Comissão Especial. A votação final ocorrerá no dia 19, na próxima semana. Vários deputados afirmaram que são favoráveis à obrigatoriedade da insersação daIdeologia de Gênero. Além disso, o relator da comissão, o deputado Álvaro Vanhoni, do PT do Paraná, adotou a mesma posição defendida pelo presidente da ABGLT, ou seja, a defesa da inclusão da Ideologia de Gênero no sistema educacional brasileiro. 
Como já foi explicado em outra ocasião, a Ideologia de Gênero é uma técnica idealizada para destruir a família como instituição social. Ela é apresentada sob a maquiagem da "luta contra o preconceito", mas na verdade o que se pretende é subverter completamente a sexualidade humana, desde a mais tenra infância, com o objetivo de abolir a família. 
Além disso, a palavra “gênero”, segundo os criadores da Ideologia de Gênero, deve substituir o uso corrente de palavra “sexo” e referir-se a um papel socialmente construído, não a uma realidade que tenha seu fundamento na biologia. Desta maneira, por serem papéis socialmente construídos, poderão ser criados gêneros em número ilimitadoe poderá haver inclusive gêneros associados à pedofilia ou ao incesto. É o que diz, por exemplo, a feminista radical Shulamith Firestone: “O tabu do incesto hoje é necessário somente para preservar a família; então, se nós nos desfizermos da família, iremos de fato desfazer-nos das repressões que moldam a sexualidade em formas específicas”. Ora, uma vez que a sexualidade seja determinada pelo "gênero" e não pela biologia, não haverá mais sentido em sustentar que a família é resultado da união estável entre homem e mulher.
Se estes novos conceitos forem introduzidos na legislação, estará comprometido todo o edifício social e legal que tinha seu sustento sobre a instituição da família. Os princípios legais para a construção de uma nova nova sociedade, baseada na total permissividade sexual, terão sido lançados. A instituição familiar passará a ser vista como uma categoria “opressora” diante dos gêneros novos e inventados, como a homossexualidade, bissexualidade, transexualidade e outros. Para que estes novos gêneros sejam protegidos contra a discriminação da instituição familiar, kits gays, bissexuais, transexuais e outros poderão tornar-se obrigatórios nas escolas. Já existe inclusive um projeto de lei que pretende inserir nas metas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional a expressão “igualdade de gênero”. 
Por isso, temos de nos manifestar imediatamente e pedir aos deputados que rejeitem completamenta a introdução da Ideologia de Gênero em nosso sistema educacional. 

Por que fazemos abstinência de carne?

A abstinência de carne e o jejum são orientados pela Igreja que sejam feitos na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, para recordar o amor de Cristo, que morre na Cruz por nós.
É um sacrifício em memória da Paixão de Cristo, que entregou a sua carne para nos reconciliar. É um pequeno sacrifício em comparação ao que Cristo fez por nós.
O Missionário Redentorista, padre Luiz Carlos de Oliveira afirmou que muitos fiéis faziam abstinência de carne pensando que, evitando a carne, seria mais fácil vencer os vícios.
"A abstinência de carne é um costume generalizado entre muitas religiões. Esta prática é entendida de diversos modos. Alguns pensam que o ser humano e carne e espírito como opostos. É o princípio dualista. Procura-se eliminar o que é carnal para desenvolver a parte espiritual. É o princípio do bem e do mal. Pode-se também lembrar essa identificação da carne humana como geradora do mal, do pecado. Coibindo o uso da carne, dominamos os instintos carnais e assim se eleva o espiritual. Passou-se então a desprezar tudo o que é humano como animalesco em função da beleza do espiritual", afirmou.
Padre Luiz Carlos explica que Jesus não pensou assim e ensinou a unidade do espiritual e do material.
"O ser humano é matéria, mas é também espiritual, não em oposição, mas na mútua complementariedade. Falamos de ressurreição da carne. A carne, nosso modo de existir, faz parte do projeto amoroso de Deus para a felicidade das pessoas".
"Não podemos negar as tendências ao mal. As tentações existem. Não basta só abster-se de carne. Ela que é um aspecto simbólico de tantos males dos quais temos que nos abster", completou.
O Missionário Redentorista lembra que a Igreja do Brasil propõe que todas as sextas-feiras do ano, sejam dias de penitência, e que pode também não se comer carne como penitência.
Qual a diferença da abstinência de carne e do jejum?
Padre Luiz Carlos nos explica que o jejum é mais amplo que a abstinência de carne. É praticado por opção da pessoa nos outros dias que não são de obrigação. Atualmente, nas normas da Igreja, o jejum é obrigatório somente na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa.
"O jejum tem um sentido espiritual e não somente uma prática de tratamento do corpo, o que pode ser beneficiado. O jejum religioso é prática antiga entre os judeus e os cristãos assumiram esta prática. Jesus criticou muito o jejum feito para aparecer, sem uma vida coerente de justiça e caridade. Não adianta tirar a comida se não tiramos a gordura que pesa nosso coração", afirmou.
De acordo com o Missionário Redentorista o jejum é um remédio muito bom para nos equilibrar no relacionamento com as coisas criadas. É preciso saber dominar-se diante das coisas boas, para que não se tornem perniciosas.
"Comer é bom, mas com o equilíbrio. Quanto há um mundo os que passam fome, há os que exageram na comida. Pior ainda é o desperdício que ofende o ser humano necessitado".
Padre Luiz Carlos lembra que não podemos ser escravos dos bens criados, pois seremos dominadores dos necessitados e colocaremos Deus de lado, perdendo assim a harmonia que deve haver em nosso ser humano e espiritual.
"A prática do Jejum imita os 40 dias de Jesus no deserto. Ali se preparou para sua missão. Quem sabe, nas decisões de nossa vida, não fosse bom prepará-la com o jejum e a oração. A liturgia deste tempo fala muito de jejum, mas não vejo que ele aconteça. Quem sabe devamos repensar seu sentido e seu uso", completou.


Desafios quaresmais


A cidade do Rio de Janeiro é cosmopolita. Não é uma simples cidade, é uma porção do mundo com todas as suas características, com todas as suas potencialidades, com todos os seus desafios, com todos os seus problemas, consciente da sua responsabilidade na construção de relacionamentos verdadeiramente humanos que revelem ao mundo quem é o nosso Deus e qual o seu projeto. Por isso, todo relacionamento que desumaniza deve nos deixar indignados.

Somos a cidade brasileira mais conhecida no mundo, e também uma das mais visitada pelos mais diversos tipos de pessoas e para os mais diversos interesses, desde os mais sublimes até os mais escusos. Temos que ter consciência disso se quisermos fazer com que a nossa cidade seja um grande centro de difusão de novos relacionamentos, mediados pelos valores do Evangelho.

Toda essa realidade nos mostra a importância de trabalharmos a Campanha da Fraternidade deste ano: Fraternidade e o tráfico de pessoas. Este é o segundo tipo de crime organizado mais lucrativo do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas. Grande número de mulheres é traficado, principalmente para fora do país, para a exploração sexual nas suas mais diferentes e degradantes formas. Muitos homens são traficados, principalmente para o trabalho escravo, de modo especial nas fazendas do interior de alguns Estados ou em centros de produção, em especial confecções, em nossas capitais. As pessoas são traficadas enganadas, pensando em resolver suas necessidades financeiras e iludidas por valores econômicos, e acabam escravizadas com seus documentos apreendidos pelos seus "donos".

Esta situação aviltante é mundial e exige de nossa Arquidiocese não apenas uma postura clara, mas ações eficazes, principalmente no que diz respeito à sua prevenção e à solidariedade com as suas vítimas. O nosso Plano de Pastoral, entre os números 129 e 131, é claro quando afirma que precisamos vencer as mais diversas formas da cultura de morte presente no nosso meio. Isso significa que esta Campanha da Fraternidade nos ajuda a viver melhor o nosso planejamento pastoral. Trata-se também de reconhecermos que em todos os casos de tráfico de pessoas encontramos a vida ameaçada.

Tempo de Quaresma é tempo de conversão, é tempo de descobrirmos novos valores que possibilitem a nossa melhor configuração a Jesus Cristo, realizando de forma mais plena a graça que recebemos no Sacramento do Batismo. Todos os valores que fundamentam essa nossa conversão são, na verdade, expressões no novo mandamento que Jesus nos deixou: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei (Jo 15, 12). A verdadeira conversão consiste na efetivação do amor em sua dupla dimensão: a Deus e ao próximo. Devemos, pois, efetivar o nosso amor no universo do tráfico de pessoas.

Efetivar o amor significa, em primeiro lugar, realizar um trabalho preventivo para que as pessoas não se tornem vítimas do tráfico. Ou seja, expandir os trabalhos das nossas pastorais sociais, principalmente no que diz respeito às pessoas fragilizadas como, por exemplo, as que estão desempregadas, que são vítimas potenciais do tráfico de pessoas. Também devemos lutar para a superação da miséria e da fome, que fragilizam as pessoas.

A conversão não é abstrata, espiritual. Ela é concreta, existencial, envolve a vida das pessoas na sua totalidade e em todos os seus aspectos e dimensões. Não podemos limitar a nossa conversão à dimensão espiritual ou limitá-la às quatro paredes da Igreja. É por isso que o nosso Plano de Pastoral Arquidiocesano apresenta propostas concretas para que o amor seja vivido, a vida defendida, respeitada e valorizada e a sociedade seja transformada.

Que nesta Quaresma, a Campanha da Fraternidade seja assumida pela nossa Arquidiocese para que tenhamos um chamado concreto para a conversão e, assim, possamos produzir frutos que permaneçam para a vida eterna. E o fruto que o Pai quer é a vida e a felicidade dos seus filhos e filhas. Vamos nos deixar converter para que sejamos para o mundo verdadeiras testemunhas de Jesus e do Reino! 

Por: Dom Orani Tempesta
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