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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Quaresma!!!

   A Quaresma é um tempo bendito para pensar no caminho feito por Israel. Foi um caminho decisivo para aquele. Quando se caminha é consequente sair para um outro lugar. Eis! Foi esta a via para a salvação do Povo da Antiga Aliança: sair do Egito da casa de Faraó para gozar da glória da liberdade. O povo criado, amado e conquistado por Deus não foi feito para Faraó e tampouco para servi-Lo na idolatria, por isso mesmo, diz o Senhor para Moisés, na teofania da sarça a se consumir: ''Eu sou o que sou!'' Não há outro fato: Israel, o bem amado, foi feito para Adonai.
Como sabemos quão lamentável foi a escravidão no Egito, mas, simultaneamente, é uma história de amor, por isso é Páscoa. É muito significativo o que se diz, na primeira leitura da missa de hoje: ''Clamamos então, ao Senhor, o Deus de nossos pais, e o Senhor ouviu a nossa voz e viu a nossa opressão, a nossa miséria e a nossa angústia.''
Este é o nosso itinerário quaresmal: querer sair das garras de faraó e do Egito, querer fazer a Páscoa em Cristo, com Cristo e por Cristo. Eis: sozinhos não podemos e tampouco em inércia. É preciso acreditar na profissão de fé já feita por nossos pais, no Deus dos nossos antepassados. Imbuídos pelo pensamento do que fizera o Senhor por nós lá com o povo da primitiva aliança.
Este é o coração agradecido do crente judeu:''o Senhor nos tirou do Egito com mão poderosa e braço estendido, no meio de grande pavor, com sinais e prodígios.''
Façamos a nossa caminhada para a Páscoa! Queiramos a liberdade já conquistada pela oblação do Cordeiro na cruz!

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O tempo é breve!!


Os filósofos romanos advertiam: “Tempus fugit”, lembrando-nos se que precisamos agir depressa porque o tempo não espera. Expressa a mesma idéia a canção que diz: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

Em Jesus, o tempo chegou a sua plenitude e então celebramos, em comunidade, a proximidade do Reino que se manifesta nas ações de Jesus e em nosso compromisso com a transformação da sociedade.

A celebração da Santíssima Eucaristia é um espaço que Deus nos concede para a conversão. Não somos mais santos do que os outros pelo fato de nos reunirmos para celebrar. Fora de nossas igrejas pode haver gente que crê mais do que nós no Deus vivo e verdadeiro, e mais do que nós colabora com Ele por meio do inconformismo profético.

O apóstolo Paulo nos ajuda a discernir o momento presente. Para quem crê em Jesus, o Reino é o valor absoluto e insubstituível, mesmo que não estejamos vivendo momentos de expectativa em torno do fim do mundo.

O programa de Jesus consta de três momentos. Em primeiro lugar, Ele anuncia que “o tempo já se cumpriu”. A espera da libertação chegou ao fim. Deus está presente em Jesus, atuando em seu projeto de liberdade e vida.

Em segundo lugar, Jesus anuncia que “o Reino de Deus está próximo”. Deus tomou a decisão de reinar. Por que o Reino de Deus está próximo? Porque a realeza de Deus vai tomando corpo através dos atos libertadores que Jesus realiza ao longo do Evangelho. Está sempre próximo também mediante a prática de seus discípulos, aos quais confiou a continuação daquilo que anunciou e fez.O Reino é uma realidade dinâmica. Refazendo a prática de Jesus no tempo, as pessoas e as comunidades vão abrindo espaço para que o Reino se torne realidade.

Em terceiro lugar, Jesus disse: ”Convertam-se e creiam no Evangelho!” Conversão é sinônimo de adesão à prática de Jesus. A libertação esperada, o céu rasgado, de nada adiantariam, se as pessoas que anseiam pela libertação continuassem amarradas aos esquemas que mantêm uma sociedade desigual e discriminadora. O Evangelho de Marcos é apenas o início da Boa Notícia da libertação trazida por Jesus. Ela se tornará realidade mediante o compromisso das pessoas e comunidades que dizem um generoso Sim ao Mestre.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Jesus entre o novo e o velho!!!!


       Jesus de fato marca a história da humanidade de modo pontual. Não foi tanto com suas colocações de sabedoria uma vez que estas em sua grande maioria podem ser encontradas nos profetas que o precederam como também em textos da tradição falada dos judeus ou ainda em grandes pensadores de outras localidades do planeta como: Lao Tsé, Buda, Confúcio, Hermes, Platão, Sócrates etc. O que faz dele uma referência ímpar é a sua divindade; ele é o verbo encarnado, o amor em ação.

Ele é Deus que se faz homem para nos mostrar na prática; no dia-a-dia, como é o modo correto de agir. Quando mencionava o que nós hoje chamamos de antigo testamento, dizia claramente: “Não creiais que vim abolir a Lei e os profetas; vim cumprir”. Sempre apontava para que não se fizesse uma interpretação legalista ou fundamentalista das escrituras sagradas, como de fato a faziam os fariseus, com acréscimos de pequenas regras que as amordaçavam fugindo assim de sua real finalidade.

Jesus buscava voltar às origens, aos mandamentos do Sinai, à herança espiritual transmitida pelos profetas. Ele transfere ao interpretar a Torá o centro do processo hermenêutico do viés cultual para o moral-espiritual. Ele aprofunda e maximiza a questão do amor a qualquer pessoa independente da pertença a família sanguínea ou da fé. Ele rompe com qualquer barreira humana a plenitude do ágape. É dele que devemos ser seguidores. É nele e somente nele, que acharemos a fonte de pureza em abundância.

Ele inaugura o distanciamento de práticas farisaicas que eram obedecidas de modo a aprisionar o ser humano a adornos legalistas ou ritualistas como a questão da pureza de alimentos, a dureza da prescrição da ausência de ação no sábado, a questão de lavar as mãos e se direciona ao que é de fato importante: a misericórdia e o amor em profundidade.

Ele mostrou que os antigos preceitos que endureciam a vida dos judeus perto da boa nova não tinham mais importância. Ele é fonte de água viva. “Não se despeja vinho novo em odres velhos.” Se tornou necessário naquela época e é necessário hodiernamente, nos afastarmos dos preceitos humanos, da rigidez do legalismo e só assim, poderemos vivenciar na prática a experiência de ser cristão de direito e de fato uma vez que foi para isso que ele deu a vida por nós. Jesus diz um sim à vida aqui e já. Quem diz que é preciso ser triste para ser cristão não compreendeu uma vírgula dos evangelhos e talvez esteja seguindo outro senhor.

Devemos seguir com fidelidade a Jesus e observarmos o exemplo de seus imitadores e intérpretes famosos que conseguiram esta fidelidade como Santo Antônio, São Francisco, São Paulo, Santa Clara e tantos outros. Dentro do Novo Testamento, temos o seu epicentro nas Cartas Paulinas, e acima de tudo, nos evangelhos que contém a palavra de Jesus expressa de modo claro e preciso contendo o amor como carro chefe do cristianismo.

Nosso Mestre é Jesus, o filho do Deus vivo, e faz mister lembrar, que nossas cartilhas de conduta principais são e devem sempre ser os evangelhos. Como disse o sacerdote russo Aleksandr Mien:

“Os evangelhos romperam com todas as barreiras que desde sempre dividiam os homens. Aos que respeitavam os ritos da antiga lei, aos que nem conheciam, aos judeus, aos estrangeiros, aos homens, às mulheres, o anúncio de Jesus abriu a todos o caminho para o Reino dos Céus, onde o fato de pertencer à determinada nação, classe social, sexo ou idade, não passa de secundário.”

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

NOVIDADE!!!!

Olá gente!!! Já estamos com novidades, já temos no nosso blog o Chat onde poderemos nos comunicar, conhecer novas pessoas, e dar nossas sugestões, também já temos a enquete onde você poderá votar em sua opinião, e assim fazermos um blog maravilhoso. Espero contar com a ajuda de vocês. Deus abençoe a todos!!!!!!!!

Bento XVI fala sobre a criação do mundo e o pecado original!!!!

O Papa Bento XVI continuou nesta quarta-feira, 6, as catequeses sobre a Profissão de Fé católica – o Credo. Ele abordou nesta seção, a temática da criação de Deus, a imagem do jardim do Éden, as figuras de Adão e Eva e a realidade do pecado original, citados no livro do Gênesis.

O Santo Padre ressaltou no início, a qualificação que o Credo faz de Deus como “Pai Onipotente” e “Criador do céu e da terra”, frase mencionada no livro da criação. O Papa afirma que Deus é a origem de todas as coisas e na beleza da criação se desdobra a sua onipotência de Pai que ama. A fé, diz o Pontífice, é a base para o reconhecimento de que o mundo foi criado pela palavra de Deus.

“O crente pode ler o grande livro da natureza e entender sua linguagem (cfr Sal 19,2-5); mas é necessária a Palavra de revelação, que suscita a fé, para que o homem possa chegar à plena consciência da realidade de Deus como Criador e Pai”, explicou.

Ao citar o livro que trata da criação, o Gênesis, Bento XVI, interpreta, a partir da revelação bíblica, que o primeiro pensamento de Deus ao criar o mundo era encontrar um amor que respondesse ao seu amor. O segundo pensamento era criar um mundo material onde colocar este amor, estas criaturas que em liberdade lhe responderiam.

“Mas a nossa pergunta hoje é: na época da ciência e da técnica, ainda tem sentido falar de criação?” Questionou o Pontífice. Segundo ele, a Bíblia não quer ser um manual de ciências naturais; quer, em vez disso, fazer compreender a verdade autêntica e profunda das coisas. E afirma: “a origem do ser, do mundo, a nossa origem não é o irracional ou as nossas necessidades, mas a razão e o amor e a liberdade.”

Bento XVI prosseguiu a catequese refletindo sobre a imagem do barro no livro que relata a criação. “Isto significa que não somos Deus, não nos fizemos por nós mesmos, somos terra; mas significa também que viemos da terra boa, por obra do Criador bom.” E segundo o Papa, o jardim do Éden diz que a realidade em que Deus colocou o ser humano não é uma floresta selvagem, mas lugar que protege, alimente e sustenta.

“O homem deve reconhecer o mundo não como propriedade a ser saqueada e explorada, mas como dom do Criador, sinal de sua vontade salvífica, dom a cultivar e proteger, de fazer crescer e desenvolver no respeito, na harmonia, seguindo os ritmos e a lógica, segundo o desígnio de Deus (cfr Gen 2,8-15)”, salientou.

Em seguida, o Santo Padre explicou a figura da serpente como sendo o sinal da tentação que objetiva levar o homem a romper a relação com Deus, colocando no seu coração a dúvida e inimizade com o Criador.

Segundo o Papa, a serpente levanta a suspeita de que a aliança com Deus seja como uma prisão que une, que priva da liberdade e das coisas mais belas e preciosas da vida. A serpente, como sinal da tentação, leva o homem a não aceitar os seus limites de criatura e a pensar a dependência do amor criador de Deus, como um fardo do qual deve se libertar.

Por fim, o Santo Padre, comentando a realidade do pecado original, afirmou que “o pecado gera pecado e todos os pecados da história estão ligados entre si.” Segundo ele, o pecado significa perturbar ou destruir a relação com Deus e sua  essência está em colocar-se no lugar de Deus.

Bento XVI encerrou dizendo que viver de fé significa ao homem reconhecer a grandeza de Deus, a pequenez humana e a sua condição de criatura. A fé ilumina o mistério do mal e traz a “certeza de que é bom ser um homem”.

# Saudação em Língua Portuguesa do Papa Bento XVI, na AUDIÊNCIA GERAL , dessa Quarta-feira, 6 de Fevereiro de 2013 :


" Queridos irmãos e irmãs,

No Credo, confessamos que Deus é o «criador do céu e da terra», como se lê no Genesis. Deus cria através da sua palavra: a vida surge, porque tudo obedece à Palavra divina. No vértice da criação, aparece o homem e a mulher: formados do pó da terra, possuem o sopro vital de Deus, e cada vida humana está sob a sua protecção. Esta é a razão mais profunda da inviolabilidade da dignidade humana. Viver na fé quer dizer reconhecer a grandeza de Deus e aceitar a nossa condição de criaturas. Por vezes, somos tentados a ver esta dependência do amor criador de Deus como um peso do qual libertar-se. Mas, indo contra o seu Criador, o ser humano renega a sua origem e a sua verdade, e o mal entra no mundo com a sua penosa cadeia de sofrimentos e morte. E, sozinhos, não podemos sair dela… As justas relações só podem ser reatadas, se Aquele, de quem nos afastamos, vier até nós e nos estender a mão. É o que faz Cristo! Percorre o caminho do amor, humilhando-Se até à morte de Cruz, para repor em ordem as nossas relações com Deus e com os outros. A Cruz torna-se a nova árvore da vida.

* * *

De coração, saúdo os peregrinos de Guaratinguetá e todos os presentes de língua portuguesa. Sede bem-vindos! Que nada vos impeça de viver e crescer na amizade de Deus Pai criador, e testemunhar a todos a sua bondade e misericórdia! Desça a sua Bênção generosa sobre vós e vossas famílias. "

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim!!!


Foi no mês de novembro de mil novecentos e setenta e sete que o Padre Jonas, reunido com um grupo de jovens de nossa Diocese, pregou durante o fim de semana inteiro sobre o “Senhorio de Jesus Cristo”.

Era um grupo de moças e rapazes que vinham de suas cidades todos os meses, durante dois anos seguidos, para participar do Catecumenato, um curso de Doutrina, baseado no documento do Papa Paulo VI, sobre a Evangelização no Mundo Contemporâneo, o que nos preparou para o grande desafio de assumir, na nossa vida prática, Jesus como nosso único Senhor. O ponto de partida e o ponto de chegada da nossa caminhada: “Nenhum de nós vive para si mesmo ou morre para si mesmo. Se estamos vivos, é para o Senhor que vivemos, e se morremos, é para o Senhor que morremos. Vivos ou mortos, pertencemos ao Senhor. Cristo morreu e ressuscitou para ser o Senhor dos mortos e dos vivos” (Rm 14, 7-9).

No início de nossa caminhada, vivíamos longe de Jesus; fechados em nós mesmos, inclinados a uma maneira egoísta de vida. Buscávamos nossa própria satisfação, sem perspectiva alguma de eternidade.

Viver “para o Senhor”, no entanto, significa tê-Lo como o sentido da própria existência, se alimentando da vida que vem do Seu Espírito. Minha vida, agora, gira em função Dele, para a Sua glória. Acontece conosco uma virada na escala de valores: não mais “eu”, mas “Deus”: “Não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim”(Gl 2,20). É um exercício constante de descentralizarmos de nós mesmos, para centralizarmos em Jesus. É “uma revolução Jesus”, como Padre Jonas se expressava a nós, jovens.

Escreve São Paulo: “Estou persuadido de que nem a morte nem a vida... poderá separar-nos do amor de Deus, Cristo Jesus, Nosso Senhor” (Rm 8,38). “Para quem crê, a vida e a morte física são unicamente duas fases e duas maneiras diferentes de viver para o Senhor e com o Senhor: a primeira na fé e na esperança, à espera das primícias; a segunda, na qual se entra com a morte na posse plena e definitiva” (Raniero Cantalamessa) .

Quem assim aceita viver “para o Senhor” vai colhendo em sua vida os frutos da alegria e da esperança, pois a própria alegria do Senhor torna-se viva nele: “Eu vos disse estas coisas para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja total” (Jo 15,11).

Como um escravo faz com seu senhor, Deus espera que entreguemos em Suas mãos a nossa liberdade, para realizar em nós grandes coisas. Assim foi com Maria; assim foi com a Beata Ângela de Folígno, quando, num momento de grande decisão de sua alma, ouviu no seu interior uma voz que lhe dizia: “Ângela, que queres?” e ela, com toda força, exclamou: “Quero Deus!”. Deus respondeu: “Eu darei cumprimento a esse teu desejo”. Com esta exclamação, ela renunciou a própria liberdade e sobre esta renúncia, Deus construiu a maravilhosa aventura de santidade que os tempos não puderam apagar. “Já que somos do Senhor, vivamos portanto para o Senhor!”

Luzia Santiago
Comunidade Canção Nova

Fonte:cancaonova.com

Posição oficial da Igreja com relação ao carnaval!!


D. Estêvão Bettencourt, OSB nos conta sobre a origem dessa festividade:

"Comumente os autores explicam este nome a partir dos termos do latim tardio "carne vale", isto é, "adeus carne" ou "despedida da carne"; esta derivação indicaria que no Carnaval o consumo de carne era considerado lícito pela última vez antes dos dias de jejum quaresmal. - Outros estudiosos recorrem à expressão "carnem levare", suspender ou retirar a carne: o Papa São Gregório Magno teria dado ao último domingo antes da Quaresma, ou seja, ao domingo da Qüinquagésima, o título de "dominica ad carnes levandas"; a expressão haveria sido sucessivamente, carneval ou carnaval". - Um terceiro grupo de etimologistas apela para as origens pagãs do Carnaval: entre os gregos e romanos costumava-se exibir um préstito em forma de nave dedicada ao deus Dionísio ou Baco, préstito ao qual em latim se dava o nome de currus navalis: donde a forma Carnavale. Como se vê, não é muito clara a procedência do nome."

Alguns dizem que o Carnaval foi uma festa instituída pela Igreja. Isto não é verdadeiro. Mais uma vez recorremos a D. Estêvão, que nos conta que quando o cristianismo começou a se difundir, os missionários já tinham que lidar com a realidade das festas de carnaval, de índole pagã. A princípio, não se lhe opuseram formalmente, mas "procuraram dar-lhe caráter novo, depurando-o de práticas que tinham sabor nitidamente supersticioso ou mitológico e enquadrando-o dentro da ideologia cristã; assim, como motivo de alegria pública, os pastores de almas indicavam por vezes algum mistério ou alguma solenidade do Cristianismo (o Natal, por exemplo, ou a Epifania do Senhor ou a Purificação de Maria, dita "festa da Candelária", em vez dos mitos pagãos celebrados a 25 de dezembro 6 de janeiro ou 2 de fevereiro). Por fim, as autoridades eclesiásticas conseguiram restringir a celebração oficial do Carnaval aos três dias que precedem a quarta-feira de cinzas (em nossos tempos alguns párocos bem intencionados promovem, dentro das normas cristãs, folguedos públicos nesse tríduo, a fim de evitar sejam os fiéis seduzidos por divertimento pouco dignos)."

A doutrina católica não é, em princípio, contra manifestações de júbilo, canto, dança. São práticas totalmente compatíveis com o evangelho. Como nos lembra D. Eurico dos Santos Veloso, Arcebispo de Juiz de Fora, em seu texto sobre o Carnaval, a alegria é um "dom maravilhoso de Deus que restaura nossas forças e nos lembra a dignidade de nossa criação e de nossa redenção."
O problema é quando coisas moralmente neutras, como a arte, o canto, a música, a dança, são desvirtuados e transformados em práticas libertinas, como escreve, mais uma vez, D. Eurico Veloso:

"O canto, a dança, a arte, os folguedos fazem parte de nossa condição humana. Como atos neutros, podem se desviar do seu fim e é neste sentido que o Carnaval destrói a dignidade."

Claro que com isso a Igreja não concorda. Mas o carnaval em si não é mau, e sim o que se faz do carnaval. Para exemplificar: pensemos em uma faca. Ela em si não é má, é útil, nos ajuda na preparação dos alimentos. Pode, no entanto, ser usada como arma. Pode ser usada para o mal. Por isso nos livraremos de todas as facas?

Claro que devemos continuar alertando os cristãos sobre os excessos do carnaval. A Igreja sempre nos exorta a viver santamente os dias do Carnaval, aliás com a temperança que devemos viver todos os demais dias.

Estes dias não nos deveriam afastar de Deus, com excessos, que deturpam nossa própria natureza e levam-nos àqueles extremos a que o mesmo Apóstolo Paulo se refere na sua Carta aos Romanos e que atraem a ira de Deus.(Cf Rm 1,1ss)

Enfim, a Igreja não nos proíbe de festejar o Carnaval. O cristão é livre para escolher participar das atividades que quiser, sempre tendo em mente o conhecido ensinamento paulino que diz: "Tudo me é permitido, mas nem tudo convém." (1Cor 6,12). Entretanto, em vista da falta de opções de lazer condignas com o evangelho, a Santa Madre Igreja tem promovido diversas atividades nessa época, como retiros, "rebanhões", etc.

Texto escrito por Maite Tosta para o apostolado Católico Porque.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Namoro cristão!!!!


Quando se fala em namorar, geralmente se pensa em dois vieses: ou que é uma coisa ultrapassada da época dos jovens da década de oitenta do século passado ou então, que se trata de um fenômeno humano que não pode ser seguido por aquelas pessoas que abraçam o cristianismo de forma intensa e verdadeira.

"Alguns mais fundamentalistas, dizem de forma bem contundente: "Quando duas pessoas de sexos opostos estão juntas, não pode sair nada do que preste"; ou ainda," namorar é coisa do demônio.

Nos dois casos, a afirmação tem um fundo de verdade desde que se observe o nível de representação do ser cristão das pessoas envolvidas; existe uma terceira vertente que é desconhecida de grande parte dos cristãos, independente da Igreja que estes pertençam; o namoro cristão.

E então o que seria isto mesmo? As amizades e os namoros devem ser aprendidos pelos nossos jovens como uma janela para Deus; não se pode vincular um relacionamento apenas inserido a uma esfera do sexo livre e descompromissado com as práticas cristãs e acima de tudo na época certa e pessoa certa.

A banalização da sexualidade é fomentada pela mídia e as pessoas encaram o processo como uma forma de desenvolvimento dos novos tempos. Os nossos jovens aprendem sobre sexo quando ainda não estão prontos nem do ponto de vista biológico, psicológico e, sobretudo espiritual.

O namoro cristão tem um acento na busca e respeito pelo outro e a uma configuração pessoal do eterno caminhar a Deus concomitantemente, com responsabilidade, seriedade e crescimento mútuo.

Não se pode querer antecipar as coisas em prol de uma sociedade que se esquece de seus valores que paulatinamente estão sendo substituídos há décadas por fórmulas do ter, prazer e poder disfarçadas de pseudoconhecimento da nova era aonde o que é certo cristologicamente, é colocado como errado.

È possível conduzir nossa juventude a percorrer os caminhos de Deus e ao mesmo tempo poder usufruir de seu corpo, dentro de uma preparação para o matrimônio de modo sadio e no tempo certo. O outro tem que ser visto também dentro de sua sacralidade como filho de Deus e por isso tem que ser acolhido em um espaço fecundo de sobriedade, oração e descoberta de sua pessoa diante de Deus e dos outros.

Evidentemente que esta prática será criticada uma vez que exigirá algumas renúncias daquilo que atualmente é classificado como normal; tais desapegos abrirão portas para novos tipos de relacionamentos onde os noivos ou namorados estarão capacitados a assumirem sempre novos comportamentos que os conduziram a uma vivência madura, responsável e acima de tudo cristã de fato e de direito, que posteriormente findará em matrimônios autenticamente cristãos.

O uso da sexualidade-genital não deve ser visto apenas como atributo de perdição, sujeira, coisificação de homens e mulheres e pornografia, muito embora, na grande parte das vezes, é isto o que tem acontecido. Temos que ensinar a nossos filhos que existe tempo para tudo na vida e como diz a sagrada escritura, nosso olho é a lâmpada de nosso corpo; se nos deixarmos conduzir pelos nossos instintos, pela concupiscência, pelos desejos momentâneos, toda a nossa existência espiritual cairá em ruínas.

O namoro cristão é possível e deve ser fomentado através de palestras em nossas Igrejas a fim de que em longo prazo se consiga reverter o que tão normalmente encontramos em diversas casas aonde atos impensados conduzem a desgraças familiares.

Palavras do Bispo Auxiliar Dom Henrique Soares da Costa!!


Por esses dias, a atenção e emoção dos brasileiros estão ainda em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, por conta daquela triste tragédia que ceifou a vida de tantos jovens sedentos de futuro e cheios de esperanças...
Podemos sempre perguntar, ante acontecimentos assim, que sentido tem tudo isto, que sentido tem a própria vida e, mais ainda, por que Deus permite tais acontecimentos...
Respostas para questões dessas não podem ser encontradas num raciocínio exato e preciso, como aqueles da matemática... Dor, sofrimento, morte, vida, amor, paixão, esperança e desespero... tudo isto está no âmbito do mistério, do sentido mesmo da vida... São realidades que tocam de perto o próprio Mistério do Deus vivo e amante, providente e, ao mesmo tempo, respeitoso da liberdade humana e da dinâmica da Sua criação.
Não! Não há resposta cabal para o que aconteceu naquela boate! Podem-se averiguar causas e responsabilidades, podem-se chegar aos porques factuais daquela tragédia... Mas, o sentido último de tudo aquilo: a morte prematura de tantos jovens, a dor de quem ficou, as vidas e relações de repente truncados: nada disso se explica com uma simples explicação. Os por ques podem ser respondidos; o por que, não!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Ser Jovem!!!!


A juventude não é um período de vida;
ela é um estado de espírito,
um efeito da vontade,
uma qualidade de imaginação,
uma intensidade emotiva,
uma vitória da coragem sobre a timidez,
do gosto da aventura sobre
o amor ao conforto.

Não é por termos vivido um certo
número de anos que envelhecemos;
envelhecemos porque abandonamos nosso ideal.

Os anos enrugam o rosto;
renunciar ao ideal enruga a alma,
as preocupações, as dúvidas, os temores
e os desesperos, são os inimigos que
lentamente nos inclinam à terra.

Jovem é aquele que se admira,
que se maravilha e pergunta,
como a criança insaciável: e depois?

Que desafia os acontecimentos
e encontra alegria no jogo da vida.

És tão jovem quanto a tua fé.
Tão velho quanto a tua descrença.
Tão jovem quanto a confiança
em ti e a tua esperança.
Tão velho quanto o teu desânimo.

Serás jovem enquanto te conservares
receptivo, ao que é belo, bom, grande.
Receptivo às mensagens da natureza,
do Homem, do infinito.

E se um dia teu coração for atacado
pelo pessimismo e corroído pelo cinismo,
que Deus, então, se compadeça
de tua alma de velho.

Santa Missa!!! Participe...


Ser x Ter!!!



a) Para ler: Tiago 5, 1 - 6 e Atos 4, 32 - 37

b) Para conversar
1. Para ser feliz é preciso ser rico? Por quê?

2. Qual é o segredo da felicidade?

3. Cristo era rico no céu, mas nasceu pobre. O que isso nos ensina?

c) Para saber
Hoje em dia muitos pensam no dinheiro para serem felizes. Os meios de comunicação social, quem vivem do consumismo, espalham aos quatro cantos e por todos os modos que ter dinheiro é a coisa mais importante do mundo.

As pessoas deixam de lado o ser, ou seja, suas realizações mais íntimas e profundas, suas vocações, a alegria de viver, o serviço ao próximo, uma vida mais tranqüila, sem ambições exageradas (valores espirituais), para ter: ter dinheiro de sobra, ter carro do ano, ter aparelho de som sofisticado, ter isto, ter aquilo (valores materiais). E para isso deixam a Igreja, o lazer, a convivência, adoecem, ficam estressados etc.

O ser humano precisa de valores materiais e espirituais para viver. Isso, entretanto, deve ser bem equilibrado, para que vivamos felizes. Se buscarmos os valores materiais sem procurar ao menos na mesma (ou até maior) intensidade os valores espirituais, a nossa vida torna-se-á um verdadeiro inferno.

No trecho acima dos Atos dos Apóstolos, vemos como os primeiros cristãos partilhavam tudo o que tinham: "e não havia entre eles indigente algum". Nesse caso, o "ter" está a serviço do "ser". Os jovens de hoje acreditam que o ser é importante, mas chegaram à conclusão que para ser é preciso ter. Já não é mais a luta entre o ser e o ter, pois ambos se fundiram: "eu vou ter, para poder ser alguém na vida".

Sem valores humanos e espirituais, de nada adianta aos homens e mulheres terem muito dinheiro. Diz Jesus em Mt 16, 26: "o que aproveitará ao homem, se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar a sua vida?"
Jesus nos deu o exemplo. De rico, fez-se pobre, e morreu numa cruz. Se o dinheiro trouxesse a felicidade, talvez Jesus nascesse rico. Mas não traz. O segredo da felicidade é fazer a vontade de Deus, amá-lo e amar os irmãos. Se você fizer a vontade de Deus, amá-lo, partilhar seus bens e seus dons com o próximo, será uma pessoa cada vez mais feliz, pois Jesus prometeu a quem busca o Reino nada faltará (Mt 6, 33 - 34).

Eu diria que quanto mais uma pessoa deixa deixa o individualismo, procura estar a serviço da comunidade, da sociedade, das pessoas necessitadas (não só das pessoas pobres, mas também das doentes e carentes afetivamente), mais ela será feliz, mais alegre será a sua vida.

Diz Santa Tereza de Jesus: "Nada te perturbe, nada te espante. Quem com Deus anda, nada lhe falta. Só Deus basta".

d) Para viver
Procure equilibrar os valores materiais com os espirituais, ou seja, estude bastante, contente-se com poucos bens materiais, não fique pedindo a seus pais que comprem isso ou aquilo, seja generoso para com os outros, não seja uma pessoa "pão-dura", nem egoísta, e sobretudo ame a Deus, e você será uma pessoa feliz e alegre. O mundo e a vida sempre lhe sorrirão.

e) Para fazer
Faça uma lista do que você gostaria de ter e, ao lado, os nomes das coisas estritamente necessárias para você viver.

f) Para rezar
Salmo 34(33), em dois coros.

O pai e o filho na horta!!!!



Certa vez, um homem estava trabalhando na horta, no quintal de sua casa, junto com o filho de dez anos. Estavam preparando um novo canteiro.

O garoto queria remover uma pedra, mas não conseguia. Lutava, ia de um lado, do outro... Usava toda a sua força mas não conseguia retirar a pedra

O pai, mesmo trabalhando, observava. Passou um pouco, o pai disse: "Está difícil, é?" O menino respondeu: "Sim, pai. A pedra é muito pesada!" O pai perguntou: "Você já usou todos os meios?" "Sim", disse o menino. "Já tentei de todas as maneiras!" O pai insistiu: "Mas há um meio que você não usou". "Qual?" perguntou o menino. O pai falou: "Eu estou aqui e você não me pediu ajuda!" O pai foi lá, pegou a pedra com facilidade e a jogou para fora.

Deus Pai é esse pai de família, e nós somos a criança. Quantas vezes lutamos sozinhos, afogamo-nos num copo d'água, e nos esquecemos de pedir ajuda a Deus!

E quando pedimos a intercessão de Maria, ela leva o nosso pedido ao Filho e este atende mesmo, como atendeu a ela nas Bodas de Caná. É por isso que Maria é tão querida na Igreja que Jesus fundou.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Espiritualidade das aulas!!!!


O mês de fevereiro marca o início do ano letivo nas escolas brasileiras. Crianças e jovens retornam às aulas e começam um novo ano de estudos.

O estudo abre novos horizontes para as pessoas, ajuda-as a compreender melhor as coisas e o mundo.

Porém, muitas vezes, o professor é um mercenário e só visa o salário no fim do mês. Esquece-se de como é maravilhosa a sua missão de abrir as mentes para o conhecimento. Sem contar que, também ele pode ser uma vítima da desvalorização de seu trabalho.

Por outro lado, há alunos que só vão à escola para “encher o tempo” ou para um simples bate-papo com os colegas. Ignoram como o saber alarga a mente e nos faz mais compreensivos, mais sábios.

Mas, Deus é Espírito! Espírito Uno e Trino, Trindade que, segundo a tradição, Santo Agostinho quis entender melhor e uma criança (quem sabe o próprio  Jesus – menino alertou-o de que seria mais fácil ela (a criança) colocar toda a água do mar num buraquinho na areia da praia do que ele, o santo, compreender completamente o mistério da Santíssima Trindade.

Esse Espírito que existe além da nossa compreensão, mas que a nossa fé e a nossa confiança reconhece, é onisciente e onipresente. Deste modo, sua presença é constante em todas as coisas, nos acontecimentos, no dia-a-dia das pessoas, em seus corações.

E Ele nos leva a colocar espiritualidade em tudo o que fazemos. E por Ele nasce no coração das pessoas o amor. É por isto que existem, ao lado dos mercenários, professores que amam o que fazem, que amam seus alunos e que desejam transformá-los através do saber.

É por isto, também, que há crianças e jovens ávidos de conhecimento e que demonstram interesse nas aulas.

Criam, ambos, uma espiritualidade que leva riqueza para cada um.

No amor, na amizade, na compreensão, na simpatia, é possível, ainda hoje, neste mundo tão violento e tão carente de afeto, construir um ambiente saudável nas escolas, de modo que os alunos aprendam com interesse e que o professor também aprenda com seus alunos, porque a vida é uma constante troca de lições.

Gabriela Mistral, escritora chilena e professora, escreveu uma rica, suave e maravilhosa Oração da Mestra. E há um trecho que diz assim: “Permite-me (Senhor) transformar em espírito a minha escola de argila”.

Que os mestres possam dizer e agir assim e que as crianças e jovens, em sua sede de saber, possam encontrar em sua escola uma orientação segura para o seu amanhã.
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