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terça-feira, 31 de julho de 2012

Agosto, mês das vocações!


Para alguns, agosto é um mês de que se cuidar, pois ele seria nefasto... Mas para os participantes assíduos da comunidade católica, agosto, além de ser um mês abençoado como todos os demais, é desde 1981 o mês vocacional.

Por que tamanha importância dada ao tema vocação? Porque a vocação é o início de tudo. Quando ouvimos ou usamos a palavra vocação, logo a entendemos num sentido bastante vago e geral, como sendo uma inclinação, um talento, uma qualidade que determina uma pessoa para uma determinada profissão, por exemplo, vocação de pedreiro, de mãe, de médico.

E nessa compreensão também a vocação de sacerdote, de esposos, de leigos cristãos. Essa compreensão, porém, não ajuda muito no bom entendimento do que seja vocação quando nós, na Igreja, usamos essa palavra.

Vocação, em sentido mais preciso, é um chamamento, uma convocação vinda direta-mente sobre mim, endereçada à minha pessoa, a partir da pessoa de Jesus Cristo, convocando-me a uma ligação toda própria e única com Ele, a segui-lo, (cf. Mc 2,14). Vocação, portanto, significa que anterior a nós há um chamado, uma escolha pessoal que vem de Jesus Cristo, a quem seguimos com total empenho, como afirma São Paulo na Carta aos Romanos: "Eu, Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho de Deus." (Rom 1, 1)

Vocação é chamado e resposta. É uma semente divina ligada a um sim humano. Nem a percepção do chamado, nem a resposta a ele são tão fáceis e tão "naturais". Exigem afinação ao divino e elaboração de si mesmo, sem as quais não há vocação verdadeira e real.

Essa escolha pessoal, de amor, é concretizada de uma forma bem objetiva no Sacramento do Batismo, que por isso se torna fundamento e fonte de todas as vocações. É neste chão fértil, carregado de húmus divino, regado pelo sangue de Jesus, que brotam as vocações específicas, aquelas que cabem diferentemente a cada um. Algumas delas são mais usuais e comuns, como a de casal cristão, de leigo cristão, de catequista, de animador da caridade na comunidade.

Outras são definidas pela Igreja como vocações de "singular consagração a Deus", por serem menos usuais, mas igualmente exigentes e mais radicais no processo de seguimento de Jesus: são as vocações de sacerdote, de diácono, de religioso, de religiosa.

As vocações mais usuais são cultivadas em nossas comunidades eclesiais. As de "singular consagração a Deus" são cultivadas em comunidades eclesiais especiais, como nossos seminários.

O mês vocacional quer nos chamar à reflexão para a importância da nossa vocação, descobrindo nosso papel e nosso compromisso com a Igreja e a sociedade. Reflexão que deve nos levar à ação, vivenciando no dia-a-dia o chamado que o Pai nos faz. Que a celebração do mês vocacional nos traga as bênçãos do Pai para vivermos a nossa vocação sacerdotal, diaconal, religiosa ou leiga. Todas elas são importantes e indispensáveis. Todas elas levam à perfeição da caridade, que é a essência da vocação universal à santidade.

E no domingo de agosto, quando refletimos sobre a vocação leiga, somos convidados a homenagear nossos catequistas, aquelas pessoas que, num testemunho de fé e generosidade, dedicam-se ao sublime ministério de transmitir as verdades divinas a nossas crianças, adolescentes e jovens.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Reflexões despertadas pelo discurso do Santo Padre na cerimônia de apresentação do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, no qual o Pontífice realça a importância das imagens na catequese, sobretudo para as novas gerações!



Deus fala aos homens também por meio de imagens. Serão elas apenas um acréscimo à mensagem transmitida pela Divina Sabedoria através dos textos sagrados? Ou são elementos indispensáveis para Ela fazer-Se mais conhecida pelos homens? 

À primeira vista pareceria que o texto escrito - da Sagrada Escritura e da Tradição - seria de si suficiente para nos dar esse conhecimento. Entretanto, analisando o procedimento de Deus ao longo da História, vê-se que, no tocante ao gênero humano, faz-se necessária a linguagem das imagens. E o livro da Sabedoria nos diz: "A grandeza e a beleza das criaturas fazem, por comparação, chegar ao conhecimento do seu Autor" (Sb 13, 5).
No Jardim do Éden
Deus criou Adão e Eva na imortalidade, e na posse do dom de integridade, concedendo a Adão a ciência infusa. E deu-lhes por morada o Paraíso Terrestre. Por quê?

A respeito do Éden não se conhecem muitos elementos. Porém, ninguém duvida de que as criaturas lá existentes - minerais, vegetais e animais - continham reflexos mais intensos de Deus do que as contidas no restante do universo criado. E assim o confirmam comentários de célebres exegetas.
SALA CLEMENTINA.JPG
Em 28 de Junho de 2005, Bento XVI apresentou o Compêndio do Catecismo durante uma
celebração litúrgica na Sala Clementina do Vaticano
Desse modo, Adão, em sua perfeição de natureza, bem como sua inseparável companheira Eva, tinham a possibilidade de serem verdadeiros contemplativos em meio às maravilhas ali postas pelo Criador. Com toda facilidade podiam elevar a mente até Deus a partir de uma visão imediata da pulcritude de todos aqueles seres. Muito mais do que aos homens concebidos em pecado original, estava a seu alcance constatar quanto "desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras", segundo a expressão de São Paulo (Rm 1, 20) .

Se Adão e Eva não tivessem pecado, o contato deles, como também de todos os seus descendentes, com a esfera sobrenatural seria comum e corrente no Paraíso. Através de quê? Das imagens."Ninguém se cansa de contemplar a glória de Deus", diz o Eclesiástico (42, 25).

Todavia - com tristeza para nós, ou, como considera a liturgia da vigília do Domingo da Ressurreição: "Ó feliz culpa, que nos mereceu tão grande Redentor!" - nossos primeiros pais pecaram, e sua primeira reação foi tentar ocultar-se ao olhar do Criador, como se isso fosse possível, bem como fugir das belezas do Paraíso, porque elas refletiam a perfeição de Deus.

Por isso, ao aparecer na brisa da tarde, o Senhor perguntou em alta voz: "Adão, onde estás?", como se Ele não soubesse... Muito pelo contrário, Adão se encontrava dentro do próprio Deus. Santa Teresa de Jesus afirmou que sentia seus cabelos se arrepiarem ao pensar que quando nós pecamos, pecamos de dentro de Deus.

Adão já tinha perdido a ciência infusa, e não se dava conta de que de Deus jamais se pode fugir. Este, porém, na sua 
PAPA.JPG
No final da cerimônia várias pessoas, represen-
tando as diferentes categorias do povo de Deus,
receberam um exemplar das mãos do Papa
infinita bondade, lhe perguntou onde se encontrava naquele momento, para estimular sua consciência a reconhecer o grave mal que tinha praticado.

Tendo pecado, ambos já não podiam mais permanecer no Paraíso porque não agüentariam contemplar os reflexos de Deus tão extraordinários que lá existem: essas imagens estariam como que os convidando a uma postura de espírito que exigiria deles um esforço fora do comum.
Patriarcas, imagens de Deus para os rudes homens de seu tempo
Nossos primeiros pais foram, então, degredados do Paraíso para esta terra de exílio. Assim, a humanidade segue seu curso, já não mais em meio às grandezas do Jardim do Éden, mas no barro que deu origem a nosso primeiro pai.

Como passou a se comunicar Deus com os homens? Em primeiro lugar, através de aparições, vozes interiores, inspirações, etc. Mas tudo isso era insuficiente, e por isso Ele enviou os Patriarcas, homens de virtude excelsa e personalidade robusta, de Fé inquebrantável como Abraão, de pertinácia infatigável como Isaac.

Muito mais que o céu engalanado de estrelas, a imensidão dos mares, o resplendor da aurora ou a majestade purpúrea do ocaso, os Patriarcas eram imagens de Deus para os rudes homens daquela época, os quais não tiveram conhecimento da civilização elaborada a partir dos méritos e dos efeitos extraordinários do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Juízes e Reis
Após os Patriarcas, Deus foi representado pela linhagem espiritual dos doze Juízes, o derradeiro dos quais, Samuel, teve o desgosto de ouvir do povo eleito esta exigência: "Dá-nos um rei que nos governe, como o têm todas as nações" (1 Sm 8, 5). Cometeram com isso uma infidelidade, mas Deus, compreendendo que necessitavam de uma imagem mais à altura deles, lhes mandou os Reis.

Entre eles eleva-se a figura extraordinária de Davi, que deu origem à Estirpe Real por excelência, a qual culminou no Rei dos Reis, intitulado Filho de Davi.

Refulgente também é a pessoa de Josias, que reinou 31 anos e "fez desaparecer as abominações de toda a terra dos israelitas e impôs a todos que lá se encontravam que servissem o Senhor, seu Deus" (2 Cr 34, 33).

Não menos admirável foi Ezequias, o qual "fez o que é bom aos olhos do Senhor, como Davi, seu pai. Destruiu os lugares altos, quebrou as estelas e cortou os ídolos de pau asserás" (2 Rs 18, 3-4).
Os Profetas, esses homens de fogo
Contudo, mais ainda do que pelos Patriarcas, Juízes e Reis, Deus manifestou- se aos homens através dos Profetas, homens de fogo que incentivavam o povo no tempo da fidelidade, invectivavam e ameaçavam nas épocas de apostasia, e orientavam nos períodos de intranqüilidade.

Esplêndida imagem de Deus foi, sem dúvida, Isaías, anunciando aos homens de todos os tempos e lugares, com 700 anos de antecedência, o maior acontecimento da História: "Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco" (Is 7, 14).
Figura quiçá mais fulgurante foi Elias, o qual se consumia de zelo pelo Senhor Deus dos Exércitos (1 Rs 19, 10), que se levantou como um fogo e cujas palavras queimavam como uma tocha ardente (Eclo 48, 1). Tendo sido arrebatado ao Céu porque ardia de zelo pela Lei (1 Mac 2, 58), será mandado de volta à terra "antes que venha o grande e temível dia do Senhor" (Ml 3, 23).
O Verbo Encarnado, imagem perfeita do Pai
No entanto, Patriarcas, Juízes, Reis e Profetas não passavam de imagens imperfeitas que preparavam a grande manifestação de Deus aos homens: a Encarnação da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.
CRISTO.JPG
A arte "fala" sempre acerca do divino, da beleza infini-
ta de Deus, refletida no ícone por excelência:  Cristo
Senhor, Imagem do Deus invisível ( ícone do Mostei-
ro Stavronikita de Monte Athos, Grécia)
O Verbo, que existe desde toda a eternidade e é idêntico ao Pai e ao Espírito Santo; o Verbo, "Aquele que é", em determinado momento quis se fazer imagem para poder estar ao alcance dos homens: "E o Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1, 14). Por intermédio d'Ele reatou-se aquele paradisíaco convívio de Deus com os homens.

Ele veio trazendo revelações extraordinárias, jamais imaginadas até então em toda a História humana. Os próprios Anjos talvez se debruçassem nos "parapeitos" do Céu para ouvir as revelações feitas por Jesus aos homens.

Compreende-se que, após três anos de intenso convívio com Deus feito homem, os corações dos Apóstolos estivessem tomados por um ardente e místico desejo de conhecer a Primeira Pessoa da Santíssima Trindade. Filipe foi o porta-voz desse anseio: "Senhor, mostranos o Pai". A resposta de Jesus não poderia ser mais simples e mais real: "Filipe! Aquele que Me viu, viu também o Pai" (Jo 14, 8- 9).

Ou seja, se o Verbo não se tivesse encarnado, nem Filipe nem qualquer outro homem, por mais santo que fosse, poderia ter nesta terra uma imagem perfeita de Deus. Pois para tal não nos bastariam as Escrituras Sagradas nem as figuras imperfeitas dos Patriarcas, Juízes, Reis e Profetas.
Jesus fez infinitamente mais do que escrever
Jesus percorreu as cidades e aldeias pregando a Boa Nova, andou sobre as águas, transformou água em vinho, multiplicou pães e peixes, curou leprosos, restituiu a voz aos mudos, fez os surdos ouvirem, ressuscitou mortos...

Entretanto, não escreveu sequer um bilhete, menos ainda um rolo de revelações.

Não Lhe custaria multiplicar as cópias das Escrituras já existentes. Poderia também mandar os Discípulos escreverem de imediato suas doutrinas em rolos de papiro e multiplicá-los - superando mesmo, se assim desejasse, a produção de todas as impressoras fabricadas desde Gutenberg até nossos dias - para serem distribuídos às multidões.

Entretanto, Ele nada escreveu, nem multiplicou qualquer pergaminho, mesmo dos que leu tantas vezes nas sinagogas. Também não deixou instrução alguma quanto à redação ou utilização de textos relativos à sua vida.

Que fez Ele? Infinitamente mais do que tudo isso: na Última Ceia, instituiu a Sagrada Eucaristia, pala qual permanece conosco com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
E deixou-nos uma imagem viva de Si mesmo: a Igreja
Além disso, sabendo quanto os símbolos vivos são necessários ao homem para lhe dar o conhecimento de Deus, deixou-nos a Santa Igreja Católica, na qual sua fisionomia divina se reflete como num espelho. No ápice da Igreja, o Papa, o Doce Cristo na terra, a sucessão apostólica. Fez questão de nos dar também almas santas, como o Santo Cura d'Ars, do qual disse um advogado parisiense: "Vi Deus num homem". Ao longo da História, afirma São Roberto Belarmino, sempre existiram e continuarão a existir almas confirmadas em graça, imagens de Deus, para manter visível a santidade da Igreja.

Por fim, como o homem precisa valer- se dos sentidos para ter uma idéia mais próxima de quem é Deus, colocou Ele à nossa disposição esse meio poderoso de melhor o conhecermos e servirmos, que se chama Arte, nas suas ricas e variadas manifestações: Escultura, Pintura, Música, Teatro, Arquitetura, etc.
As palavras do Papa
Todas essas reflexões, nós as encontramos fundamentadas nas sábias palavras do Papa Bento XVI, pronunciadas em 28 de junho, no ato de apresentação do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica.

Disse o Santo Padre: "No texto foram inseridas também imagens. Esta opção tem como finalidade ilustrar o conteúdo
COMPENDIO.JPG
As imagens inseridas no Compêndio proclamavam a mesma mensagem
que a Sagrada Escritura transmite através da palavra
doutrinal do Compêndio: com efeito, as imagens ‘proclamam a mesma mensagem que a Sagrada Escritura transmite através da palavra, enquanto ajudam a despertar e a nutrir a fé dos fiéis' (Compêndio, n. 240)". Assim, saibamos todos nós, evangelizadores, utilizar em larga escala todo tipo de imagens, concomitantemente à pregação, se quisermos que nosso esforço alcance sucesso diante do público de nossos dias, especialmente em se tratando de jovens.

A isso nos estimula o Pontífice, ao afirmar: "As imagens e as palavras iluminam- se umas às outras. Pelo menos implicitamente, a arte ‘fala' sempre acerca do divino, da beleza infinita de Deus, refletida no Ícone por excelência: Cristo Senhor, Imagem do Deus invisível".
Não deixou Sua Santidade de expor seu autorizado ensinamento de Pastor Supremo também a respeito da importância das imagens sacras, de Jesus, da Virgem Maria, dos Anjos e Santos: "Com a sua beleza, as imagens sacras são também anúncio evangélico e exprimem o esplendor da verdade católica, mostrando a suprema harmonia entre o bom e o belo, entre a via veritatis e a via pulchritudinis".
Já na Introdução do Compêndio constam palavras escritas pelo Santo Padre quando ainda Cardeal, incentivando os catequistas a utilizarem o rico patrimônio iconográfico cristão: "Hoje, mais do que nunca, na civilização da imagem, a imagem sacra pode expressar muito mais que as palavras".
(Revista Arautos do Evangelho, Agosto/2005, n. 44, p. 16 à 19)

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Crianças na Santa Missa!!






















Pesquisa realizada em dezembro do ano passado, confirmou o óbvio para qualquer visitante ao Oratório em St Louis, MO, aos Domingo: um grande número de crianças pequenas estão presentes quando o mistério, a solenidade e a beleza se desdobram na Missa celebrada na forma Extraordinária do Rito Romano. Podemos indagar: como os pais destas crianças experimentam a alegria espiritual da Sagrada Liturgia e atendem as necessidades de seus filhos durante a Santa Missa. 
A Sra.Kellene Goff, uma amiga do Instituto Cristo Rei e fiél do Oratório São Francisco de Sales nos informa a sua perspectiva: 
PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA LITURGIA 
Por Kellene Goff 
Mas Jesus disse-lhes: Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham. ( Mat. 19:14) 
É comum ouvir dizer que é muito difícil participar da missa com crianças pequenas. Segurando um bebê chorando no vestíbulo não é comumente visto como uma inspiração para devoção durante a consagração. Uma criança de dois anos caindo do genuflexório, enquanto se esforça para ver Nosso Senhor elevado na Eucaristia parece chamar a atenção de um pai e afastá-lo de suas próprias orações. Uma criança de sete anos, que deve ser frequentemente lembrada para prestar atenção e não se distrair durante a Missa, faz com que o pai se distraía. 
Como os pais com filhos mais novos participam adequadamente na Missa? Eles podem participar em tudo quando constantemente são chamados à cuidar das necessidades dos seus pequeninos? Alguns pais estão tão machucados por essas demandas que são tentados a pensar que seja impossível. Talvez eles digam para si mesmos com um leve tom de auto-piedade - "Algum dia eu vou participar na missa". 
Mas o que é a participação na Missa? Certamente o sacerdote oferecendo in Persona Christi o sacrifício da Missa participa mais diretamente. Mas ele faz isso não só para a glória de Deus, mas para "servir todos os membros da Igreja." Os coroinhas e membros do coro também participam na medida em que auxiliam o culto para o corpo da Igreja. Eles muitas vezes sacrificam suas orações pessoais para que possam desempenhar as funções que lhe são exigidas. Estes serviços são a sua participação e podem ser unidos ao sacrifício de Cristo. Os pais por sua vez auxiliando seus filhos, que fazem parte do Corpo de Cristo, para que participem de forma plena e consciente quanto possível no sacrifício da Missa estão particpando dando assistência à seus filhos. Nas palavras de nosso Senhor, "aquilo que você faz à um desses meus irmãos, você está fazendo à Mim." 
 
À primeira vista, segurando um bebê chorando parece não ter nada a ver com a consagração de Nosso Senhor. Mas quando um pai sacrifíca sua devoção pessoal e a se inclina para frente e sussurra no ouvido do bebê para conter o choro há uma semelhança com a ação do altar. Quando a criança que cai durante a elevação da Eucaristia sente as mãos amorosa erguendo-o de forma mais rápida e atenta do que quando ela cai em casa, a ação reflete a santidade do momento. Quando a distração constante de uma criança mais velha é firme e consistente guiada com a mesma pose e esforço dos coroinhas se movimentando no altar, então o papel dos pais na assistência dos seus filhos durante a missa é a sua oferta de louvor ao Senhor. E quando algum dia, uma mãe se encontrar ajoelhada ao lado de seu filho, dois corações ao invéz de um, treinando para unir as suas intenções com as de nosso Senhor, os frutos do serviço desses pais mostrarão-se nas orações de seus filhos. Que coisa gloriosa para um pai ver seu auxílio não como distrações mas como a participação direta na Missa, ajudando a revelar a missa para os menores membros do Corpo de Cristo.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A evangelização da juventude!!



Dom José Palmeira LESSA
Arcebispo Metropolitano de Aracaju -SE

11/07/2012 - 15:20:45
Em tempos pós-modernos, com essa diversidade de tecnologias avançando: Internet, celular, música e jogos eletrônicos, só para citar os mais conhecidos, fica difícil encontrar espaço na agenda da juventude para dedicar um tempo à religião. Se essa juventude de classe média sofre com os avanços tecnológicos, os jovens de camadas inferiores sofrem com a falta de oportunidade gerada pelos mesmos. E a busca de espaço para Deus se resume em rebeldia e descrença.
Duas imagens da juventude predominam nos meios de comunicação e na opinião pública. De um lado, as propagandas e novelas, que apresentam jovens como modelos de saúde, beleza e alegria, impõem padrões de vida e de consumo aos quais poucos deles têm acesso. Elas os apresentam também caracterizados pela força, ousadia e coragem, generosidade, espírito de aventura, gosto pelo risco. De outro, nos noticiários os jovens aparecem ora como protagonistas ora como vítimas da violência. A severidade, com que às vezes se pretende reprimi-los, só cria um distanciamento maior e uma agravação no conceito de religião.
Além disso, a solidão, o vazio, a exclusão social, o subemprego e o desemprego podem levar à alienação, à violência, às drogas, à decepção com os adultos e à baixa auto-estima. Muitos jovens são “objetos” da sociedade consumista perdendo assim a oportunidade de serem sujeitos da própria história. Outros, forçados a sair da própria terra, aumentam o êxodo rural, o inchaço das periferias, a prostituição, a delinqüência, enfim, a superlotação das prisões. Esta situação é desumana, fruto do pecado, e precisa ser mudada.
A Igreja católica preocupada com esse quadro que também se opera na juventude brasileira, resolveu dedicar a 44ª assembléia da CNBB em Itaici-MG à “Evangelização da Juventude”. Para a Igreja e para seus pastores é de grande importância levar a boa nova aos jovens pois estes serão o futuro da Igreja e deles depende o caminho que a sociedade irá trilhar. Os bispos escrevem: “Vocês são chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo, protagonistas da defesa da vida, desde a sua concepção até o seu término natural, e da construção de uma sociedade de paz, fruto da justiça e do amor”.
Mas, o motivo mais importante dessa preocupação, é que os jovens têm o direito de receber a “Boa Nova” através da Igreja e a mesma tem o desejo de acolhê-los na comunidade eclesial para assim introduzi-los na experiência religiosa, no encontro pessoal com Deus e na comunhão com as dádivas da fé cristã. E essa fé da Igreja recebida dos apóstolos e vivida por tantas gerações e pessoas santas antes de nós, é herança preciosa e grande bênção que a Igreja quer anunciar às novas gerações.
O jovem precisa e deve receber o Evangelho como alimento espiritual que fortaleça a sua fé tornando-o protagonista no anúncio da Palavra de Deus. Tem por modelo a vida do Cristo que se fez homem e habitou entre nós e è chamado a ser um cristão autêntico, não apenas um mero depósito de sacramento. Crer em Jesus é aceitar sua Palavra e vivê-la no dia-a-dia. Jovem que se deixa cativar pelo Senhor descobre a verdadeira felicidade de sua vida e, por isso dá testemunho da sua fé e esperança, contagia outros jovens na luta por um mundo justo, fraterno e solidário, do jeito que Deus quer para seus filhos e suas filhas”.

Por Amor a Ele!



Dom HENRIQUE Soares da Costa
Bispo Auxiliar de Aracaju

11/07/2012 - 15:31:55

Falando de Jesus, São Paulo diz: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, os perigos, a espada? Segundo está escrito: ‘Por Sua causa, somos postos à morte o dia todo, somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro’. Mas, em tudo isto, somos mais que vencedores, graças Àquele que nos amou” (Rm 8,35-37).

A raiz mesma da nossa vida de cristãos é o amor de Cristo. Dele jamais devemos nos separar. É só isso que nos mantém na fé e na verdadeira adesão a tudo o quanto é cristão e católico. Ser capaz de escutá-Lo, de perder tempo com Ele na oração, ser apaixonado pela Sua palavra na Escritura, procurar viver alicerçados incondicionalmente nos Seus preceitos, servi-Lo nos irmãos, sobretudo nos que mais são pobres das pobrezas deste mundo, ter saudades de estar com Ele nos sacramentos, sobretudo na Eucaristia, desejar viver com Ele e padecer por Ele, com Ele e Nele vivenciando serenamente todas as dores, apertos e dificuldades da vida. O apaixonado por Cristo não se envergonha de que saibam que ele é Dele; pelo contrário, por todos os meios, deseja gritar ao mundo que tem um amor no seu coração, e esse amor é Jesus! Sem isso, nenhum cristianismo é autêntico e nenhuma fé católica é verdadeira! Quando fazemos tal experiência do amor a Cristo nesta vida, tudo ganha novo sentido e não queremos outra coisa a não ser viver no amor de Jesus.

O mundo nos verá como idiotas e alienados... Mas, quando estamos abrasados neste amor, que nos importa o que pensam de nós? Quem nos poderá separar do amor de Cristo? O coração O deseja e deseja ser só Dele, sem divisão. Dele, de modo absoluto, para dizer-Lhe com cada fibra: “Eu Te amo!”. Sem esse amor, de nada adiantam obras e projetos, palavras e estudos; com esse amor, tudo se torna precioso e apto para o Reino de Deus.

Irmão, não tenha medo de padecer por Cristo! Não receie nunca as incompreensões, tentações, injustiças, solidões, privações, as próprias fraquezas, as incertezas, se tudo isso for por amor a Ele!. “Por Sua causa, somos postos à morte o dia todo, somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro”. É por causa Dele mesmo: “Por Sua causa!”. Que felicidade (muitas vezes não sentida, mas vivida no profundo d’alma) poder dizer, mesmo sofrendo: “É por Tua causa, Senhor! Está doendo, sinto-me no limite de minhas forças, mas permaneço, persisto, persevero porque é por Tua causa! Basta-me!”. Se temos o amor Dele, se estamos unidos a Ele pelo laço do amor, “em tudo isto somos mais que vencedores, graças Àquele que nos amou”.

A Igreja no desígnio de Deus! (Resumo)


 A palavra "Igreja" significa "convocação". Designa a assembléia daqueles que a Palavra de Deus convoca para formarem o Povo de Deus e que, alimentados pelo Corpo de Cristo, se tornam Corpo de Cristo.
   A igreja é ao mesmo tempo caminho e finalidade do desígnio de Deus: prefigurada na criação, preparada na Antiga Aliança, fundada pelas palavras e atos de Jesus Cristo, realizada por sua cruz redentora e por sua Ressurreição, ela é manifestada como mistério de salvação pela efusão do Espírito Santo. Será consumada na glória do Céu como assembléia de todos os resgatados da terra.
   A Igreja é ao mesmo tempo visível e espiritual, sociedade hierárquica e Corpo Místico de Cristo. Ela é una, formanda de um elemento humano e um elemento divino. Somente a fé pode acolher este mistério.
   A Igreja é no mundo presente o sacramento da salvação, o sinal e o instrumento da comunhão de Deus e dos homens.

Oração!!


                 O QUE É ORAÇÃO?
  Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao Céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria.

     A ORAÇÃO COM DOM DE DEUS
 "A oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus dos bens convenientes." De onde falamos nós ao rezar? Das alturas de nosso orgulho e vontade própria, ou das "profundezas" (Sl 130, 1) de um coração humilde e contrito? Quem se humilha será exaltado. A humildade é o fundamento da oração. " Nem sabemos o que seja conveniente pedir" (Rm 8, 26). A humildade é a disposição para receber gratuitamente  o dom da oração; o homem é um mendigo de Deus.
     "Se conhecesses o dom de Deus!" (Jo 4,10). A maravilha da oração se revela justamente aí, à beira dos poços aonde vamos procurar nossa água; é aí que Cristo vem ao encontro de todo ser humano, é o primeiro  a nos procurar, e é Ele que pede de beber. Jesus tem sede, seu pedido vem das profundezas do Deus que nos deseja. A oração, quer saibamos ou não, é o encontro entre a sede de Deus e a nossa. Deus tem sede de que nós tenhamos sede dele.
    "És tu que lhe pedirias e Ele te daria água viva" (Jo 4,10). Nossa oração de pedido é, paradoxalmente, uma resposta. Resposta à queixa do Deus vivo: "Eles me abandonaram a mim, a fonte de água viva, para cavar para si cisternas furadas!" (Jr 2,13), resposta de fé à promessa gratuita da salvação, resposta de amor à sede do Filho único.
 
                                           ORAÇÃO COMO ALIANÇA
    De onde vem a oração humana? Qualquer que seja a linguagem da oração ( gestos e palavras), é o homem todo que reza. Mas,  para designar o lugar de onde brota a oração, as Escrituras falam às vezes da alma ou do espírito, geralmente do coração (mais de mil vezes). É o coração que reza. Se ele está longe de Deus, a expressão da oração é Vã.
    O coração é a casa em que estou, onde moro (segundo a expressão semítica ou bíblica: aonde eu "desço"). Ele é nosso centro escondido, inatingível pela razão e por outa pessoa; só o Espírito de Deus pode sondá-lo e conhecê-lo. Ele é o lugar da decisão, no mais profundo de nossas tendências psíquicas. É o lugar da verdade, onde escolhemos a vida ou a morte . É  o lugar do encontro, pois, à imagem de Deus, vivemos em relação; é o lugar da Aliança.
    A oração cristã é uma relação entre Deus e o homem em Cristo. É a ação de Deus e do homem; brota do Espírito Santo e de nós, totalmente dirigida para o Pai, em união com a vontade humana do Filho de Deus feito homem.

As Santas Imagens!

   
    A imagem sacra, o ícone litúrgico, representa principalmente Cristo. Ela não pode representar o Deus invisível e incompreensível; é a encarnação do Filho de Deus que inaugurou uma nova "economia" das imagens:
     Antigamente Deus, que não tem nem corpo e nem aparência , não podia em absoluto ser representado por uma imagem. Mas agora que se mostrou na carne e viveu com os homens posso fazer uma imagem daqui que vi de Deus. (...) Com o rosto descoberto contemplamos a glória do Senhor. 
   A iconografia cristã transcreve pela imagem a mensagem evangélica que a Sagrada Escritura transmite pela palavra. Imagem e palavra iluminam-se mutuamente:
   Para proferir sucintamente nossa profissão de fé, conservamos todas as tradições da Igreja, escritas ou não escritas, que nos têm sido transmitidas sem alteração. Uma delas é a representação pictórica das imagens, que concorda com a pregação da história evangélica, crendo que, de verdade e não na aparência, o Verbo de Deus se fez homem, o que é também, útil e proveitoso, pois as coisas que se iluminam mutuamente têm sem dúvidas um significado recíproco.
  Todos os sinais da celebração litúrgica são relativos a Cristo: são-no também as imagens sacras da santa mãe de Deus e dos santos. Significam o Cristo que é glorificado neles. Manifestam "a nuvem de testemunhas" (Hb 12, 1) que continuam a participar da salvação do mundo e às quais estamos unidos, sobretudo na celebração sacramental. Por meio de seus ícones, revela-se à nossa fé o homem criado "à imagem de Deus" e transfigurado "à sua semelhança", assim como os anjos, também recapitulados em Cristo:
     Na trilha da doutrina divinamente inspirada de nossos santos Padres e da tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como as representações da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre as paredes e em quadros , nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, como a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos.
   "A beleza e a cor das imagens estimulam minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus." A contemplação dos ícones santos, associada à meditação da Palavra de Deus e ao canto dos hinos litúrgicos, entra na harmonia dos sinais da celebração para que o mistério celebrado se grave na memória do coração e se exprima em seguida na vida nova dos fiéis.
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